Bosch – Conheça a história de uma das marcas mais poderosas do mundo!

Quem nunca ouviu falar da Bosch?!

Uma da marcas mais impactantes do mundo!

Em 1886, Robert Bosch fundou a “Oficina de precisão mecânica e engenharia elétrica” em Estugarda. Este foi o nascimento de uma empresa que atualmente opera a nível mundial. Desde o início que foi caracterizada pela sua força inovadora e pelo compromisso social.

“Nunca te esqueças da tua humanidade e respeita a dignidade humana nos teus negócios com os outros.” Robert Bosch, 1920

O início 1886–1905

Tal como eu tudo na vida, o que custa é o primeiro passo. E a história da Bosch não é excepção. A história da Bosch começa com muitos primeiros passos. O passo para a independência, para o mercado automóvel, para os mercados fora da Alemanha, e a mudança para o edifício de produção em grande escala.

Os anos como aprendiz e operário despertaram em Robert Bosch um desejo precoce de trabalhar por conta própria. Em 1886, abriu a Oficina de mecânica de precisão e engenharia elétrica, em Estugarda. Os anos iniciais foram assolados por altos e baixos e só a partir de meados de 1890 é que as coisas começaram a acontecer rapidamente e de maneira imparável.

1886-1905: Da primeira oficina à fábrica | Bosch em África
Primeira oficina em Estugarda, 1886

Bosch realizou todos os trabalhos de mecânica de precisão e de engenharia elétrica que lhe apareciam, tal como instalar sistemas de telefone e campainhas elétricas. Quando lhe pediram para construir um aparelho de ignição por magneto para um motor estacionário em linha com um design já existente, ele melhorou-o e isto preparou o caminho para a produção da ignição por magneto.

Passos globais 1906–1925

Este astronómico sucesso inicial da internacionalização, foi interrompido pela Primeira Guerra Mundial, após a qual, a Bosch teve de transformar e direcionar as inovações de modo a lidar com os efeitos.

Tudo começou em 1906 com uma publicidade para um sistema de ignição por magneto num jornal nos Estados Unidos. Esta publicidade gerou encomendas no valor de um milhão de dólares fazendo com que as vendas duplicassem em apenas um ano. O negócio nos Estados Unidos teve tanto sucesso, que em 1912, a Bosch começou a produzir o seu produto mais célebre na sua própria fábrica de Springfield, Massachusetts.

Primeira publicidade que deu início ao grande sucesso comercial da Bosch, 1906

Para além dos Estados Unidos, a Bosch começou a olhar para outros mercados em todo o mundo. Com espaços de venda localizados na África do Sul em 1906, na Austrália em 1907. na Argentina em 1908, na China em 1909 e no Japão em 1911, a rede de representantes Bosch cobria todos os continentes. Em 1913, os negócios fora da Alemanha representavam 88% das vendas da empresa.

O início da primeira guerra mundial!

Com o inicio da Primeira Guerra Mundial, em 1914, todas as marcas estrangeiras desapareceram repentinamente. A investigação e desenvolvimento foram interrompidas e a produção passou para o armamento. Em vez de produzir ignições por magneto, a Bosch começou a produzir detonadores de granadas. Cerca de metade dos trabalhadores foram chamados para o serviço militar, e as mulheres e crianças assumiram o seu trabalho. Destes recrutas, 453 colaboradores nunca voltariam da guerra.

Com o deflagrar da guerra em 1914, de modo a minimizar as dificuldades, Bosch estabeleceu imediatamente um hospital num pavilhão novo, que originalmente estava destinado para a produção de faróis.

O logótipo Bosch

Os gabinetes de vendas e marcas registadas foram apropriados durante a Primeira Guerra Mundial. Contudo, a empresa Bosch comprada nos Estados Unidos continuou a usar as bem conhecidas marcas registadas da Bosch para publicidade. De modo a evitar qualquer confusão, o inovador chefe, Gottlob Honold, em 1918, desenhou rapidamente uma ancora dentro de um circulo para ser a nova marca registada, que permaneceu intrinsecamente ligada à Bosch até agora.

Esboço logótipo Bosch, 1918

Globalização desde 1990

  • Intro
  • O colapso do Pacto de Varsóvia
  • Foco em inovações
  • Aventurar-se em novos territórios

A Cortina de Ferro caiu, a Ásia ofereceu novos mercados, e o software abriu novas oportunidades para a Bosch. As últimas três décadas trouxeram uma rápida mudança económica, que a empresa tem de enfrentar de cabeça erguida.

O colapso do Pacto de Varsóvia e a abertura da Europa de Leste

A queda da Cortina de Ferro também anunciou uma nova era para a Bosch. Em 1994, tinha as suas próprias empresas em 13 países do antigo Bloco de Leste. A Bosch abriu instalações de produção em Jihlava e České Budějovice na República Checa, Wrocław na Polónia, Miskolc e Hatvan na Húngria, e Engels e Samara na Federação Russa. A percentagem de vendas geradas fora da Alemanha aumentou de 51% em 1990 para cerca de 72% em 2000.

Um IFA Trabant 601 na oficina Bosch Car Service em Brandemburgo (1992). Na Alemanha de Leste socialista, até 1989, o Trabant era o típico automóvel de passageiros, portanto a tecnologia de teste da Bosch precisava de se adaptar para trabalhar com este popular modelo de veículo.

Aproveitar oportunidades — a atenção posta na Ásia

A Bosch esteve sempre presente na Índia, Japão e outros países do Sudeste Asiático, ou estava ocupada a ganhar acesso aos mercados emergentes. Mas era a abertura gradual do mercado chinês que era de maior interesse estratégico. Até 1994, a única presença da Bosch na China estava sob a forma de licenças e sob a forma de um escritório de representação estabelecido em 1989 em Pequim. Depois disso, a Bosch também foi capaz de entrar neste mercado com uma produtora regional.

Cartaz, nas ruas de Xangai, a publicitar ferramentas elétricas profissionais para a indústria da construção. (1996)

Sensores micromecânicos

Mini-dispositivos de monitorização

A Bosch desenvolveu, nos anos 1990, sensores micromecânicos para utilização em automóveis que atuavam como órgãos sensoriais para a medição da aceleração, rotação, pressão e som. Estes sensores fornecem informação às unidades de controlo eletrônicas para que saibam exatamente quando devem acionar o airbag em caso de acidente, por exemplo. Em 2005, a Bosch iniciou a produção de sensores para a eletrônica de consumo, como smartphones e consolas de jogos. O MEMS mais pequeno tem apenas 1,5 milímetros de largura. Uma das equipas de investigação da Bosch criou o processo de corrosão de plasma para a produção destas partes em miniatura. A Bosch produziu cerca de 15 mil milhões de MEMS desde 1995 e é, atualmente, líder de mercado, produzindo cerca de 4 milhões de unidades todos os dias.

Desde ESP a ACC — maior foco em inovações

O programa de estabilidade eletrónica ESP® lançado em 1995 foi um marco tecnológico. Impede que os veículos derrapem. No mesmo ano, a Bosch revelou o seu sistema de navegação TravelPilot, com orientação rodoviária e voz. Em 1997, o sistema Common Rail de alta-pressão de injeção de diesel reduziu o consumo de combustível, assim como a injeção direta de gasolina DI Motronic em 2000, enquanto sistemas de assistência ao condutor, como o controlador inteligente de velocidade de cruzeiro e a visão noturna melhoraram a segurança.

Após cerca de uma década de trabalho de desenvolvimento, o primeiro sistema de navegação Bosch, chamado TravelPilot foi lançado no mercado em 1989. Orientação rodoviária e voz foram adicionadas em 1995.

A empresa sofre uma mudança — novas áreas de negócio

Após a venda da secção de telecomunicações, a Bosch comprou, em 2001, a especialista em tecnologia industrial Mannesmann Rexroth. Isto fortaleceu a secção de tecnologia industrial e equilibrou a estrutura da empresa. As restantes peças da secção de telecomunicação formaram a divisão Sistemas de Segurança. Em 2003, a Bosch expandiu a sua secção de termotecnologia com a compra da Buderus AG. A Bosch separou-se de outras áreas novas, tal como a secção de energia solar que tinha criado em 2008.

Aparafusamento inteligente, ciclismo, arrefecimento e condução

Com a aparafusadora elétrica IXO, que rapidamente se tornou na ferramenta elétrica mais vendida mundialmente, em 2003, a Bosch, estabeleceu uma nova área de negócios para aparelhos leves e pequenos com baterias de ião lítio. Também emergiram áreas inteiramente novas, tal como as bicicletas eletrónicas em 2011. Ao mesmo tempo, a Bosch expandiu as suas atividades tradicionais, por exemplo com a compra de antigos parceiros de empreendimentos tal como a ZF Lenksysteme e a Bosch und Siemens Hausgeräte, que formaram a base crucial para futuros cenários, tal como eletrodomésticos ativados através da internet e automóveis autónomos.

Condução automatizada

Como que por magia

A condução autónoma já não está limitada à ficção científica. A Bosch investiga, desenvolve e testa esta tecnologia em laboratórios e na rede de autoestradas alemã e na Califórnia. A Bosch lançou um radar de distância em 2000. O sistema da geração seguinte já era capaz de travar automaticamente um automóvel até que estivesse parado e acelerá-lo, por sua vez, nas filas de tráfego. Com o desenvolvimento da tecnologia de sensores e software, será possível, passo a passo, conduzir de forma autónoma em autoestradas e, a longo prazo, também no tráfego urbano.

Foto: Veículo de teste para condução autónoma com câmara giratória de alta velocidade de 360 ​​graus (2015)

Novo território: Internet das Coisas e Inteligência Artificial

A Internet das Coisas e Serviços abrem muitas novas linhas de negócio para a Bosch. Além de produtos tradicionais, isto também inclui software, novos modelos de negócio baseados na internet e proteção de dados. A empresa definiu o objetivo de combinar a longo-prazo estes quatro campos. Isto cobre tudo, desde condução automatizada, a casas inteligentes e a comunicação autónoma entre a fábrica e a maquinaria.

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